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sábado, 17 de setembro de 2011

Como os sobrenomes surgiram?

Conhecer a origem dos sobrenomes poderá indicar de onde certa família descende, no que trabalhavam ou conhecer algumas características dos ancestrais dessa família.
Os primeiros a adquirirem sobrenomes foram os chineses. Algumas lendas sugerem que o Império Fushi decretou o uso de sobrenomes, ou nomes de famílias, por volta de 2852 a.C. Os chineses tinham normalmente 3 nomes: o sobrenome, que vinha primeiro e era uma das 438 palavras do sagrado poema chinês "Po-Chia-Hsing". O nome de família vinha em seguida, tirado de um poema de 30 personagens adotados por cada família. O nome próprio vinha então por último.
Na Antiga Roma tinham apenas um nome próprio. No entanto mais tarde passaram a usar três nomes. Quando o Império Romano começou a decair, os nomes de família se confundiram e parece que os nomes sozinhos se tornaram costume mais uma vez.
Formação e evolução dos sobrenomes em Portugal e no Império Português
Desde a Idade Média e até ao século XVIII, em algumas zonas rurais portuguesas as pessoas eram conhecidas pelo nome próprio, ao qual era acrescentado o patronímico, para os rapazes, e o matronímico, para as meninas. Em casos mais raros, podiam os rapazes ser conhecidos pelo matronímico, por exemplo, se não tivessem pai, ou as meninas pelo patronímico, no caso, por exemplo, de o pai ser de uma família mais distinta do que a da mãe. A partir do fim da Idade Média, numa lenta transição das urbes para o campo, e do litoral para o interior, os patronímicos tendem a fixar-se, transmitindo-se sempre o mesmo, já como sobrenome de uma dada família que o usa em comum.
Nos documentos oficiais em Portugal, por exemplo, na chancelaria régia portuguesa, os registos mencionam sempre o nome da pessoa, seguido do nome do pai dela, de forma a impedir confusões entre homónimos.
A necessidade de adicionar outro nome para distinguir as pessoas de mesmo nome veio a partir de certa altura a ganhar popularidade. Então elas passaram a adicionar ao nome que declaravam, ou que assinavam, o apelido (sinónimo em português de alcunha) por que os outros as distinguiam, ou então a sua terra de origem, por exemplo. Assim, o João Anes, filho do ferreiro, se diria João Anes Ferreiro, podendo passar essa alcunha/apelido aos seus descendentes. O filho de João Anes, de Guimarães, que passasse a residir em Barcelos, dir-se-ia João Anes de Guimarães. Este processo é paralelo e análogo ao da nobreza, que em muitos conhecidos se assina pelo nome das terras de senhorio da respectiva família (João Anes de Sousa, ou seja: João, filho de João, senhor ou dono das Terras de Sousa), ou Afonso Vaz Correia (Afonso, filho de Vasco, da linhagem tornada conhecida pelo epíteto/alcunha/apelido Correia).
Assim há dois tipos básicos de sobrenomes, os que eram dados, ou chamados pelos de fora a alguém, para o distinguir (apelido, o mesmo que alcunha), e aqueles que são escolhidos pelo próprio para se afirmar, ou distinguir perante os outros (toponímicos).
No século XI, época da Revolução Urbana na Europa, com a explosão da população nas até então pequenas cidades medievais, pouco mais do que aldeias, o uso de um segundo nome se tornou tão comum nessas urbes subitamente crescidas, e onde as pessoas passaram a ter mais dificuldade em conhecerem-se todas, que em alguns lugares era mal considerado não se ter um sobrenome. Mas mesmo tendo sido este fenómeno o começo para todos os sobrenomes que existem atualmente, grande parte dos nomes usado nas Idades Média e Moderna não tem a ver com a família, isto é, nenhum era obrigatoriamente hereditário, até à implantação do registo civil com força de lei em Portugal, no ano de 1911. Note-se que até ao século XVII nem sequer a Família Real dispunha de sobrenome, sendo apenas os seus membros tratados pelos seus nomes próprios e seus respectivos títulos distintivos.
Até 1911, com efeito, a adoção dos sobrenomes era liberal, isto é, as pessoas eram apenas batizadas com o nome próprio, e escolhiam livremente mudar esse nome próprio ao entrar na adolescência, época em que recebiam o sacramento do Crisma, considerado um novo batismo, e que permitia, e permite, mudar o nome próprio, ou acrescentar-lhe outro. Até 1911, pois, por conselho da família ou vontade própria, o crismado escolhia qual ou quais os sobrenomes de família que iria assinar como adulto. Esses registos eram exclusivamente os da Igreja Católica, que serviam oficialmente quando preciso na vida civil.
No século XIV é adotada em Portugal a língua portuguesa para os registros oficiais, abandonando-se o latim bárbaro até então utilizado para esse efeito. Isto paralelamente a outras nações europeias, onde pelos anos de 1370 já se encontra a palavra "sobrenome" em documentos, nas respectivas línguas locais. Mas sobrenome significando ainda e apenas, então, um segundo nome mais distintivo, livremente atribuído ou escolhido, não necessariamente transmissível. Ou seja, não o sobrenome no sentido contemporâneo do termo.
À medida que os governantes passaram a usar cada vez mais documentos escritos e a deixar registrados seus atos legais, foi-se tornando mais importante identificar com exatidão as gentes. Em algumas comunidades nos centros urbanos, os nomes próprios eram insuficientes para distinguir as pessoas. No campo, com o direito de sucessão hereditária de terras, era preciso algo que indicasse vínculo com o dono da terra, para que os filhos ou parentes pudessem adquirir a herança, já que qualquer pessoa com o mesmo nome poderia tentar se passar por filho. Acredita-se que na Europa, só depois de terminado o século XIX, a maior parte das pessoas de qualquer nível social tinha um sobrenome, ou sobrenomes, hereditários, fixos nalguns casos. Fora da cultura lusófona, este sobrenome tendia a ser patrilinear, único, e identificava a família como primado de identidade masculina, provendo assim uma ligação com o passado, e preservando sua identidade no futuro.
No mundo fora da Lusofonia não é surpresa o fato de que antigamente a prioridade das famílias mais importantes fosse ter filhos homens, para manter o nome, afinal, os filhos homens eram quem passava o sobrenome para as novas gerações, e por essa razão era desgostoso para uma família não ter nenhum descendente masculino. Já em Portugal vigorava o conceito de casa, tanto entre a nobreza quanto entre o povo, constituído pela noção de património familiar comum partilhado, no qual, na ausência de varões, sucediam as mulheres como senhoras da casa, que em muitos casos transmitiram, e transmitem ainda, esse sobrenome da casa à sua descendência. É o chamado sistema misto. Este costume português explica porque é que atualmente são raríssimas, se é que ainda existem, as famílias portuguesas, ou de origem portuguesa, que mantenham a varonia do sobrenome, ou sobrenomes usados na atualidade. Ao contrário da França, por exemplo, aonde se sabe que as famílias se consideram extintas na falta de homens que lhes transmitam o nome, em Portugal elas sobreviveram, bem como o uso dos sobrenomes antigos, através da transmissão por via feminina.
Além disto, convém ainda ter em conta que durante a profunda vivência religiosa dos tempos antigos, a noção de parentesco e de família, mais do que carnal, era considerada espiritual, pelo que as pessoas com larga vivência comum numa mesma casa, aonde a família se considerava constituída por amos, parentes, filhos, criados, e até os escravos, todos podiam ser conhecidos pelo sobrenome principal da casa, mesmo os escravos baptizados, que recebiam no baptismo os nomes e sobrenomes dos seus senhores. E o parentesco espiritual era tão forte que, por exemplo, padrinhos eram considerados como pais dos seus afilhados, impedidos de casar, por exemplo, etc. Assim, muitas vezes os afilhados, sobretudo quando herdavam dos padrinhos, tomavam os seus sobrenomes, especialmente se estes fossem seus parentes, mesmo que remotos, sem outra razão para tal que não fosse manter um mesmo sobrenome ligado aos mesmos bens transmitidos. Este aspecto esteve mesmo muitas vezes consignado nas escrituras de instituição de vínculos temporais, em que os instituidores obrigavam todos os sucessores a usarem o sobrenome ligado aos bens, o que explica o costume formado em Portugal de utilização oficial de cada vez mais sobrenomes, de maneira a não poder perder esses bens que tinham essa cláusula.
Formação e adoção dos sobrenomes noutros países europeus
Noutros países, o processo foi muito distinto. Parece que o uso moderno dos nomes hereditários é uma prática que se originou na aristocracia comercial veneziana durante as Cruzadas, na Itália, por volta do século X ou XI. Muitos desses nomes italianos usados eram, porém, não os de uma família de sangue, mas sim de uma família corporativa, ou seja, um nome comum para todos os membros de um sindicato comercial, e respectivos familiares, unidos pelo negócio, e não pela biologia. Outros viajantes, voltando da Terra Santa e passando pelos portos da Itália, tomaram nota deste costume e o espalharam muito lenta e gradualmente pelo resto da Europa Ocidental, nas zonas litorâneas urbanas por onde passava a navegação de cabotagem. Por exemplo, no começo dos séculos XV e XVI os nomes de família ganharam popularidade na Polônia e na Rússia. Os países escandinavos, amarrados ao seu costume de usar o nome do pai como segundo nome, não usaram nomes de família antes do século XIX, e na Islândia - país com pequena população - até a atualidade se mantém este uso. A Turquia esperou até 1933, quando o governo forçou a prática de sobrenomes a ser adotada em seu povo.
Os sobrenomes foram primeiramente usados pela nobreza e ricos latifundiários (senhores feudais), e pouco a pouco foram adotados por comerciantes e plebeus. Os primeiros nomes que permaneceram foram aqueles de barões e latifundiários, que receberam seus nomes a partir de seus feudos ou propriedades. Estes nomes se fixaram através da hereditariedade destas terras. Para os membros da classe média e trabalhadores, como as práticas da nobreza eram imitadas, começaram a usar assim os sobrenomes, levando a prática ao uso comum.
É uma tarefa complicada classificar os nomes de família por causa das mudanças de ortografia e pronúncia com o passar dos anos. Muitas palavras antigas tinham significados diferentes na época, ou atualmente estão obsoletas. Muitos nomes de família dependeram da competência e discrição de quem os escreveu no registro. O mesmo nome pode muitas vezes estar escrito de diferentes maneiras até mesmo em um documento só.
Formação dos sobrenomes ou apelidos em geral
Alguns nomes portugueses são derivados de nomes estrangeiros de localidade. Por exemplo, Dutra teria vindo do holandês 'van Utrecht'.Patronímico e matronímico: Muitos sobrenomes indicavam antigamente o nome do pai ou da mãe; por exemplo, "Esteves" significa "filho de Estêvão". Mas também Joana Fernanda significava Joana, filha de Fernanda, assim como André João significou André, filho de João, e José Mariano quis dizer José, filho de Maria. Alguns dos patronímicos e matronímicos são cursivados, e se passará a chamar Joana Fernandes ou André Eanes aos mesmos dois exemplos referidos atrás, processo sempre iniciado no litoral, e mais tardio no interior português ou no interior colonial. Os sobrenomes que são normalmente engraçados, alguns surpreendentes e por vezes até embaraçosos, são os nomes que provêm das características. Nem sempre se pode levar a sério o significado de um sobrenome comparando com os valores de hoje em dia, pois o significado das palavras mudou durante centenas de anos. Diante do sobrenome inglês "Stout", pode-se interpretar que o titular deste sobrenome era gordo, forte ou então decidido, resoluto. Muitos sobrenomes têm mais de uma origem. Por exemplo, o sobrenome inglês "Bell" (sino) pode dizer tanto de alguém que morou ou trabalhou onde se toca o sino, quanto alguém que fabricava sinos. Pode ser descendente de alguma Isabel, ou pode ter vindo do as de um animal receberiam dele o nome, como por exemplo, uma pessoa travessa, astúcia, poderia ser chamada de Fox (raposa); Um bom nadador, de Fish (peixe); um homem quieto, Dove (pombo) e assim por diante.
Os nomes de família chegaram até nós de diferentes maneiras. A grande maioria dos sobrenomes evoluiu de cinco fontes principais:Ocupação: John, sendo carpinteiro, cozinheiro, moleiro, alfaiate, chamar-se-ia em inglês, respectivamente, de: John Carpenter, John Cook, John Miller e John Taylor. Um ferreiro, se chamaria em inglês de Smith, um dos sobrenomes mais comuns. Toda vila tinha os seus Smiths (ferreiros), Millers (moleiros), Taylors (alfaiates) e Carpenters (carpinteiros), Gardners (jardineiros), Fishers (pescadores), Burke ou Burgie (tem a ver com castelos ou fortes), Hunters (caçadores), sendo que os Millers de uma vila não tinham necessariamente qualquer relação com os Millers de outra vila.Localidade: O John que morava numa colina/montanha (hill, em inglês) pode ter ficado conhecido por John Overhill (over, considera-se "em cima"). O John que morava perto de um riacho poderia ser chamado de John Brook (brook=arroio, ribeiro).

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